Qual fotografias, os poemas de Renata Magliano capturam o instante e nos permitem refletir. Capazes de estimular momentos de contemplação em meio à constante falta de tempo dos nossos dias, seus versos são transparentes: deixam ver através, revelando uma médica que insiste em usar seus intervalos para contemplar e escrever, mesmo na exaustiva rotina da profissão. Em “Trinta e cinco pausas”, a voz de Renata sai da rede social e alcança o livro, evidenciando que a poesia pode estar na tela, pode estar na página, pode estar na valorização dos pequenos momentos que passam quando vamos de um compromisso ao outro. As pausas e os silêncios que compõem sua obra são frestas no meio do dia, pelas quais se pode ver poesia onde há pressa e calmaria onde há aflição.

O que é a pausa? Pouso? O que é a poesia? Um momento sem pressa? Uma permanência. Um passeio pelos momentos, respirações, paisagens e conversas. Alguns livros são assim. Experimentar o novo nas palavras já conhecidas. Renata e seu livro são uma coisa só. Conheci esses dois seres ao mesmo tempo. É sempre sem pressa. É sempre verdadeiro.

Conheci a Renata em um sarau, inclusive não tem lugar melhor para se encantar pelo trabalho de um poeta. Ela pegou o microfone, disse alguns textos e naquele momento eu soube que seu primeiro livro seria belíssimo. “Trinta e cinco pausas” é um livro que uso como referência aos meus alunos. É uma obra emocionante.

A Renata é uma daquelas pessoas que irradia luz e uma legião de fãs por onde passa, sempre muito inspirada e as poesias dela são tênues reflexos de sua essência. Seu livro inaugural "Trinta e Cinco Pausas" é um encantamento em cada palavra e em todos os detalhes minuciosamente dispostos com arte e elegância. É imensa a alegria e honra contarmos com sua presença como Embaixadora e Diretora do nosso movimento Médicos Poetos. Parabéns!